José Mário da Silva Rangel

O PASSADO COMPASSADO DE VIÇOSA

Epítome histórica va velha Santa Rita do Turvo www.opassadocompassadodevicosa.blogspot.com

Dom Viçoso

Dom Viçoso
Ao sétimo bispo da Diocese de Mariana, o lusitano Dom Antônio Ferreira Viçoso é atribuído o topônimo do município, que teve o antigo, "Santa Rita do Turvo" alterado para "Viçosa de Santa Rita" às vésperas de se completar o primeiro aniversário de sua morte

Dois templos na década de 1950

Dois templos na década de 1950
As duas igrejas matrizes. À direita, o Santuário, concluído em 1954. Viçosa era habitada por 6.424 moradores em julho de 1950. A velha matriz, na esquina da rua Benjamim Araújo, mostrava visíveis sinais de deterioração em sua estrutura física e se tornava pequenina para a cidade

Cônego Vidigal

Cônego Vidigal
Ilustre filho de Viçosa, o Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho é considerado na atualidade um dos expoentes da oratória sacra no Brasil. Dentre outros grêmios literários ele integra o quadro da Academia Mineira de Letras

José Pinto Coelho

José Pinto Coelho
Nascido em Jequeri a 14 de novembro de 1897, o poeta e jornalista José Pinto Coelho teve uma das mais produtivas participações na imprensa escrita viçosense, surgida em novembro de 1892. Várias de suas crônicas são transcritas neste trabalho

Padre Belchior

Padre Belchior
O rio-pombense Pe. Belchior Máximo Homem da Costa foi pároco de Viçosa no princípio do século XX, por curto período, e primeiro provedor da Associação Casa de Caridade de Viçosa, mantenedora do hoje centenário Hospital São Sebastião

Emílio Jardim

Emílio Jardim
Um dos próceres do Partido Republicano Mineiro (PRM) em Viçosa, o paracatuense Emílio Jardim, nascido a 22 de janeiro de 1874, advogado, presidiu a Câmara Municipal, sendo considerado um dos vultos da política regional

Cyro Bolivar

Cyro Bolivar
Primeiro prefeito após a instalação do governo municipal biorgânico, em 1936, ano em que Viçosa teve três prefeitos, o médico Dr. Cyro Bolivar de Araújo Moreira se destacou também na administração do Hospital São Sebastião, quando em sua administração como provedor se construiu o mais antigo pavilhão da Casa de Caridade de Viçosa, e também como diretor do Hospital Regional Federal da Matta. Neste último, funcionou, anexo, na atual rua Afonso Pena, um Posto de Profilaxia Rural

Teatro Paladinos

Teatro Paladinos
Na Praça do Rosário existiu o Cine Theatro Paladinos do Progresso. Informações: "Música, teatro, cinema, literatura e receação" e "Descortinando a Viçosa antiga", neste blog

Santuário Santa Rita

Santuário Santa Rita
A Matriz de Santa Rita em construção (década de 1950). O templo é considerado um dos marcos da capacidade e generosidade do povo viçosense. Uma pequena cidade, em quatro anos, conduzida por um líder autêntico, construiu uma obra majestosa, confiante em sua capacidade de encetar um ciclo progressista de construções

Parrique

Parrique
Neste blog são transcritos trechos de crônicas do jornalista, escrivão judicial e prefeito José da Costa Vaz de Melo. Candidato único à chefia do Executivo em 1950, quando se elegeu com 3.709 sufrágios, quando foram registrados 1.828 votos brancos, foi novamente candidato em 1962, sendo o primeiro derrotado pela oposição ao seu partido, o PR, na cidade, em eleições diretas para o cargo, quando venceu o pleito o comerciante Moacyr Andrade (foto abaixo)

Moacyr Andrade

Moacyr Andrade
Em 1962, Moacyr foi o primeiro prefeito, eleito, pela oposição (coligação PSD/PTB) ao Partido Republicano (PR) em Viçosa. Na ocasião ele contou com o apoio, informal, de elementos filiados à União Democrática Nacional (UDN)

Arnaldo Dias

Arnaldo Dias
Capitão Arnaldo Dias de Andrade foi o vereador que por mais vezes exerceu o mandato, tendo sido um dos três cidadãos a chefiar o Executivo no ano de 1936, o último antes da instalação do primeiro governo municipal biorgânico

Manobras militares

Manobras militares
No período do regime militar, quando a repressão tinha máxima importância, a administração municipal de Viçosa sofreu intervenção federal, com o afastamento do então chefe do Executivo local, tabelião Geraldo Lopes de Faria. Na ocasião, foram executadas manobras de treinamento militar na cidade, sob o comando do General Itiberê Gouvêa do Amaral, retratado acima, então comandante da 4ª Região Militar, e cujo progenitor teria sido desafeto do ex-presidente Arthur Bernardes, de quem o prefeito afastado fora correligionário. Foi nomeado interventor Dr. Abel Jacinto Ganem Júnior, que veio de Belo Horizonte, e assessorado por Mário Calvão da Silveira, de São Lourenço (MG), até as eleições de 1970, quando se elegeu prefeito o médico Carlos Raymundo Torres

Fábrica e Colégio

Fábrica e Colégio
De 1895, este prédio da antiga Rua das Vassouras (depois Rua Municipal e rua Virgílio Val) foi primeiro sede da Fábrica de Tecidos de Santa Maria, propriedade do industrial e senador Carlos Vaz de Mello. Atualmente é o pavilhão mais antigo da Escola Normal, da Congregação das Carmelitas da Divina Providência

Escola e Prefeitura

Escola e Prefeitura
Este prédio, na praça Silviano Brandão, demolido na década de 1980, serviu inicialmente como Grupo Escolar Cel. Antônio da Silva Bernardes. Foi também sede dos Poderes Municipais. Por último, sediou o Colégio Estadual de Viçosa. Sua construção esteve a cargo de Joventino Octavio de Alencar. Neste mesmo lugar, na década de 1980, se erguera o colossal edifício-sede da Minas Caixa (depois da Caixa Econômica Federal), na esquina da atual travessa Presidente Tancredo Neves

Anélio Salles

Anélio Salles
No período compreendido entre novembro de 1932 e abril de 1933, quadra de grande turbulência política na região por conta da Revolução Constitucionalista, o farmacêutico Anélio de Salles foi o administrador público de Viçosa. Honestidade e austeridade foram marcas de seu governo. Nascido em Araponga em 1864 e falecido em Belo Horizonte em 1954, onde residiu desde 1934, foi tesoureiro geral do Estado assim que deixou a chefia da administração municipal. Residiu nos antigos distritos de Teixeiras e Herval (Ervália). Neste último uma das escolas públicas chegou a ter o seu nome

Gomes Barbosa

Gomes Barbosa
Quando da construção da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (Esav) o administrador público de Viçosa era o advogado Antônio Gomes Barbosa, nascido em Alto do Rio Doce (MG)

Casa dos Bernardes

Casa dos Bernardes
Residência de nº 69 da praça Silviano Brandão. Concluído em 1925, o majestoso solar foi residência do presidente do Brasil, Dr. Arthur Bernardes. Do varandim deste palacete, objeto da Lei Estadual nº 2014, de 4/12/1959, no governo de José Francisco Bias Fortes (Projeto do Deputado Carlos Vaz de Mello Megale - Nenê Megale) foi lançado o Manifesto de 1932 em favor da redemocratização do país, por seu proprietário, que então ocupava cadeira no Senado

Padre Mendes

Padre Mendes
O Cônego Antônio Mendes fez da vida pública o melhor meio para servir à comunidade. Presidiu a UDN local e depois se ligou ao MDB. Foi um disseminador de educandários em toda a Minas Gerais, beneficiando milhares de cidadãos. Falecido a 22 de janeiro de 2002, em Viçosa, legou à posteridade lições permanentes de civismo e entusiasmo na promoção do bem comum

Francisco Machado

Francisco Machado
Concunhado do ex-presidente Arthur Bernardes (genro do Dr. Carlos Vaz de Mello, o principal chefe político local no Império), o Dr. Francisco Machado de Magalhães Filho (Dr. Chiquinho), foi Juiz de Direito da Comarca de Viçosa e governou o município nos primeiros anos do século XX, quando da extinção dos Conselhos Distritais

José de Carvalho

José de Carvalho
Dr. José Lopes de Carvalho, primeiro mandatário municipal eleito após o fim do Estado Novo

Bello Lisboa

Bello Lisboa
Fluminense, de Vassouras (Ipiranga), descendente do Duque de Caxias e do Almirante Tamandaré, o agrimensor e engenheiro civil João Carlos Bello Lisboa, falecido em 1973, foi especial contratado do governo mineiro, comandando, com apoio de 600 operários, a colossal infra-estrutura inicial da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), instituição que em 1927 iniciou suas atividades com 2 cursos médios (5 professores e 15 alunos). Ele foi também um sustentáculo do progresso da Viçosa, para além do campus, especialmente no Colégio de Viçosa. Pioneira na extensão agrícola em grande escala, no Brasil, a Semana do Fazendeiro foi, também, uma de suas criações

Geraldo Faria

Geraldo Faria
No final da década de 1960 o tabelião Geraldo Lopes de Faria foi prefeito por curto período, quando desenvolveu profícua administração, interrompida por uma intervenção federal. Data de 6 de agosto de 1970 o primeiro registro do interventor, no arquivo da Prefeitura de Viçosa

Manuel Silvino

Manuel Silvino
O mestre-escola e tenente-coronel da Guarda Nacional, Manuel Bernardes de Souza Silvino, que em Viçosa fora juiz municipal e coletor de rendas, foi o primeiro cidadão a assumir a presidência da Câmara Municipal quando da emancipação político-administrativa da então Santa Rita do Turvo, em 1873. O mais antigo livro de registros do Legislativo Municipal, em seu termo de abertura, tem nele aposta a rubrica "Silvino"

Lira Santa Rita

Lira Santa Rita
Uma das mais antigas formações da tradicional banda musical

Câmara e Ginásio

Câmara e Ginásio
Primeira sede da Câmara, Tribunal de Justiça (andar superior) e Cadeia (andar inferior), depois sede do Gymnasio e Colégio de Viçosa, e ainda Grupo Escolar, na esquina direita da Rua dos Passos com a praça Silviano Brandão, 136. A existência deste edifício, como próprio municipal, foi a condição sine qua non para a emancipação político-administrativa de Santa Rita do Turvo (Viçosa). Demolido em 1951, no governo do prefeito José da Costa Vaz de Mello, o histórico prédio foi edificado em terrenos do Largo da Matriz, doados pelas famílias Silva Soares Cabral, Faria Reis e Gomes

Raymundo Torres

Raymundo Torres
Dr. Raymundo, médico benemérito, foi o prefeito que instituiu o "Dia da Municipalidade" (30 de setembro) em 1961. No princípio do século XX, comemorava-se o aniversário de emancipação política de Viçosa em 22 de janeiro

Sylvio Romeo

Sylvio Romeo
Ex-prefeito de Bonfim (MG), Dr. Sylvio Romeo Cezar de Araújo, falecido aos 50 anos de idade, natural de Barbacena, a exemplo de outros ex-prefeitos (ou superintendentes municipais) exerceu o cargo por nomeação. No caso dele, nomeado pelo cunhado, o governador Benedicto Valadares Ribeiro, até 1945, quando o regime democrático foi parcialmente restabelecido, tendo sido seu sucessor imediato, José Martins Palhano, que governou por cinco meses, até 1946. Em 1968, Dr. Sylvio foi o segundo colocado nas eleições para prefeito de Viçosa, pelo PSD

J. Theotônio Pacheco

J. Theotônio Pacheco
Dr. José Theotônio Pacheco, natural de São José do Barroso, a atual cidade de Paula Cândido, foi um dos principais líderes políticos de Viçosa durante o regime imperial e nos primórdios da República. Presidente do Conselho de Intendência, presidente da Câmara Municipal com atribuições legislativas e executivas e agente executivo autônomo, ele governou o município entre 1891 e 1897

João Braz

João Braz
Empossado, pela primeira vez, a 17 de maio de 1927, Dr. João Braz da Costa Val somou, em seus dois mandatos, mais de uma década à frente do governo viçosense, tendo sido o último presidente da Câmara com atribuições de agente executivo, até 1930. Mantido no cargo até mesmo após a Revolução de 3 de Outubro, quando apoiou a Aliança Liberal, foi prefeito entre janeiro de 1931 e outubro de 1932. O cargo só foi regulamentado na Constituição de 16 de julho de 1934. Com a adoção do "Estado Novo", substituiu o Dr. Cyro Bolivar na administração municipal no dia 15 de novembro de 1937, permanecendo prefeito até 1º de março de 1943, sendo substituído pelo Dr. Sylvio Romeo

Cônego Modesto

Cônego Modesto
O Monsenhor Modesto Paiva liderou, na década de 1950, a construção do Santuário de Santa Rita. Falecido a 16/2/1996, em Juiz de Fora, ele foi sepultado no Cemitério Dom Viçoso. Seus restos mortais foram transladados a 19/5/2005 para o Batistério do Santuário de Santa Rita, templo construído em tempo recorde, sob sua liderança, a partir de 1951. “E isto aconteceu porque um vigário de qualidades excepcionais, encarnação perfeita e completa da autoridade, padrão das mais puras e nobres virtudes, o enérgico e humilde, culto e despretencioso, pobre e desprendido, infundidor de confiança e catalizador de boa vontade, ergueu a sua batuta e comandou a orquestra do querer e realizar de seus paroquianos. Assim, em tempo recorde, a Santa Padroeira ganhou a sua morada e Viçosa assistiu a construção de sua bela Matriz"

Prof. Palhano

Prof. Palhano
A 2 de dezembro de 1945 a democracia seria, em parte, restabelecida, ocasião em que assumiu a administração municipal, José Martins Palhano, sucedendo a Sylvio Romeo Cezar de Araújo. No Instituto Metodista Izabela Hendrix, da capital mineira, ministrou Francês e Economia Política.. Nascido em São Luís, no Maranhão, faleceu em dezembro de 1980

Toninho Chequer

Toninho Chequer
Descendente de libaneses, o empresário Antônio Chequer foi, no século XX, o cidadão que pelo voto direto mais vezes governou, como prefeito, o município: o eleitorado lhe conferiu três mandatos, nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Viçosa, sua terra natal, proporcionou-lhe o maior cortejo fúnebre de sua história. Da Praça do Rosário ao alto da rua Padre Serafim, só se viam cabeças humanas à hora de seu sepultamento. Altruísta, dedicou sua mocidade, conforme destacou o Presidente JK, "a serviço do engrandecimento de Viçosa". Foi o responsável, dentre outras obras públicas, pelo surgimento de diversos bairros em toda a periferia da cidade, nas décadas de 1960 e 1970

Professor Alberto

Professor Alberto
Prof. Alberto Álvaro Pacheco, falecido a 15/7/1963, "velho e inesquecível educador, apoiado no castão de sua bengala, a fisionomia sumida entre os cabelos e as barbas cor de marfim, distribuindo cumprimentos e sorrisos", como registra-se em crônica, administrou com "pulso férreo" o nacionalmente prestigioso Gymnasio surgido em 1913, precursor do Colégio de Viçosa, sucedendo, dentre outros, aos mestres pioneiros Alípio Peres, Arnaldo Carneiro Viana e Lívio Carneiro, sendo talvez o maior batalhador pela sobrevivência do educandário. Em 1954 disputou a eleição para prefeito, pelo PSD, quando venceu o comerciante João Francisco da Silva, do PR

Rebello Horta

Rebello Horta
Após exercer o cargo de Juiz Municipal, entre 1912 e 1918 em dois mandatos consecutivos, e em 1933, por dois períodos distintos, Dr. José Ricardo Rebello Horta governou Viçosa. No seu primeiro mandato foi inaugurado o jardim público da praça Silviano Brandão e seu primeiro coreto, de ferro batido

Pe. Carlos dos Reis

Pe. Carlos dos Reis
Foi Pe. Carlos dos Reis Baêta Braga, mineiro de Conselheiro Lafaiete, quem mais tempo permaneceu à frente da Paróquia de Santa Rita: 42 anos. Dizia encontrar na convivência com seus paroquianos “uma porfia de mútua correspondência”, e a ele coube dar continuidade e ampliar a obra do Cônego Modesto num período em que começaram a se estabelecer na cidade diversas igrejas cristãs de denominações diversas, a partir da década de 1960

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Abaixo-assinado Museu de Viçosa já!

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ICONOGRAFIA

ICONOGRAFIA
O prefeito Dr. João Braz da Costa Val (1927-1932) foi responsável por construir estradas de rodagem consideradas "magníficas" para a época, entre essas se destacando as que ligam Viçosa a Ponte Nova, Ubá e Piranga, época em que não havia ônibus de Viçosa para lugares como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora, e até mesmo para Ubá e Ponte Nova, constituindo-se o meio de transporte intermunicipal a Leopoldina Railway, quando, duas vezes por semana, o "noturno", procedente do Rio, de Barão de Mauá, com destino a Ponte Nova, passava por Viçosa com locomotivas numeradas, sendo a '318' a mais ruidosa nos jatos de vapor que escapavam dos cilindros, considerada "a mais estridente nos apitos", conforme relatos históricos. Onde se situa o jardim da Praça Dr. Mário Del Giudice, inaugurada festivamente no governo do prefeito João Francisco da Silva existira um minúsculo terminal rodoviário, que ali permaneceu desde a década de 1950, até ser demolido na década de 1980. O novo terminal fora inaugurado em novembro de 1979, na BR-120 (avenida Marechal Humberto de Alencar Castello Branco). Havia, naquele tempo, as peruas, também chamadas "jardineiras", com bancos de madeira, para os distritos de Araponga, Canaã (esta mostrada aqui, na foto acima, provavelmente da década de 1940), de Estêvão de Araújo, Pedra do Anta, Porto Firme e São Miguel do Anta. Em segundo plano, vemos aqui nesta foto, a balaustrada. À esquerda, a ainda existente residência do ex-deputado Emílio Jardim e de Dona Caia, depois da família Bolivar de Araújo Moreira Ferreira da Silva (Dr. Sebastião e Dona Cora) e à direita a residência da família de Francisco Sant'Anna, onde hoje é um edifício. No alto, entre ambas as moradias, vislumbram-se as residências das famílias de Almiro de Paula Andrade (Sô Milote) e de Almiro Mollica

A Cidade em 1916

A Cidade em 1916
Imagem do distrito da sede do município de Viçosa em 1916. Em primeiro plano, o antigo Largo da Matriz, atual praça Silviano Brandão e adjacências, vendo-se ao fundo o terreno onde hoje se situam os bairros Betânia e de Lourdes

Solar do século XIX

Solar do século XIX
Possivelmente seja esta, neste 2008, a mais antiga residência de Viçosa. Atualmente pertencente ao Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho, nela residiu o ex-presidente da República, Dr. Arthur da Silva Bernardes, recém-casado. Localizada na Praça do Rosário, nº 15, no centro de Viçosa (MG), data sua construção do século XIX. Sua fachada era esta até a década de 1980, quando foi modificada para se ter uma garagem, permanecendo, entretanto, o seu estilo. Construída de pau-à-pique, entijolada, tem conservados seus alicerces de braúna

Oblatas de Nazaré

Oblatas de Nazaré
Na foto, religiosas Oblatas de Nazaré em companhia do pároco de Santa Rita, Pe. Paulo Dionê Quintão, por ocasião da vinda da Congregação, já no século XXI, para a cidade de Viçosa

Colégio Baptista e Hospital

Colégio Baptista e Hospital
Nos extertores do século XIX, na atual praça Emílio Jardim (observa-se, na imagem acima a presença dos trilhos da via férrea), funcionou, neste imóvel (já demolido) o Colégio Baptista, de Basílio Baptista. A mesma edificação veio a abrigar, posterioremente, o Hospital São Sebastião, até a construção de sua sede na rua Tenente Kümmel, concluída em 1930

Altar mor da antiga Matriz

Altar mor da antiga Matriz
O altar principal da velha Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, demolida na década de 1950

Velho casario

Velho casario
Em primeiro plano o prédio que sediou a agência do Banco do Crédito Real de Minas Gerais e que serviu como prisão para revoluncionários em 1932, na esquina da Praça Marechal Deodoro (Praça da Estação Ferroviária) e a rua Benedito Valadares. À extrema direita o prédio da Caixa Econômica Federal

Praça principal

Praça principal
Praça Silviano Brandão na década de 1980, vendo-se ao centro do extinto jardim o plinto com a estátua do presidente Arthur Bernardes, pouco antes de ser reformulado na administração do prefeito José Américo Garcia

Construindo o Colégio

Construindo o Colégio
Considerado um templo da ciência em que rezaram gerações de moços, no dizer de seu hino, o Colégio de Viçosa é tido como um "ninho de águias futuras", cujo passado foi reconhecido como "exemplo de pura brasilidade", A imagem mostra a marcha de sua construção, na segunda metade da década de 1940. À esquerda e ao fundo a Avenida Antônio Gomes Barbosa

Viçosenses na reformulação do jardim público

Viçosenses na reformulação do jardim público
Funcionalismo, professorado e operariado municipal reunido na praça Silviano Brandão em 1948, ao redor do prefeito Dr. José Lopes de Carvalho, da primeira dama Erotides Silva de Carvalho e família, na inauguração da reformulação do jardim da praça Silviano Brandão. Ao fundo, vê-se o edifício do Fórum, atual Câmara Municipal, na entrada da rua Arthur Bernardes, e em primeiro plano, na esquina da Rua dos Passos, o velho edifício do antigo Gymnasio de Viçosa e primeira sede da Câmara, demolido na década de 1950

Futebol

Futebol
O futebol apareceu em Viçosa no dia 15 de novembro de 1906, de acordo com antigos registros. Foram primeiros praticantes da modalidade nesta cidade os jovens Luiz Lopes Gomes (Lulinha), Randolpho Sant’Anna, João Simplício Lopes (Joãozico), Luiz Megale, João Ferreira Nunes, Pedro Galvão e outros. No dia 9 de dezembro do mesmo ano, foi convidado o coletor de Ubá, Sebastião Ramos de Castro, que veio a Viçosa ensinar como se jogava futebol. O clube chamava-se “Foot-Ball Club de Viçosa”. - Lulinha, Alvino Machado, Randolpho Sant’Anna e outros colaboraram para a fundação do segundo clube, o “Destemido Viçosense Foot-Ball Club”, em 1913. O Viçosa Atlético Clube foi fundado a 28 de maio de 1931, pelos viçosenses Dr. Raymundo Faria, Dr. Carlos Megale e Geraldo Lopes Jacob (Gigi), e teve como diretores Sebastião Taucci, Dr. Raymundo Faria, José Fontes, Arduíno Braga, José Thomaz Teixeira (Salame) e Orlando Santana da Cunha. Em sua coluna Domingo Sportivo, no Jornal de Viçosa, o repórter Jotta anunciava, no título da matéria, ´Uma justa victoria do “Arnaldo Carneiro F. C’’, (foto acima) informando sobre prélios ocorridos a 19 de outubro de 1924. Disse Jotta que “desde cedo notava-se o grande número de espectadores seguiram rumo ao grammado viçosense” e que “debateram-se os teams de Sylvestre e da E. Agricola cabendo a este ultimo os loureis da victoria que conquistou grande numero de goals. Ao pisar o grammado os teams principaes era tal a concorrencia que se podia sem exagero calcular os espectadores em mais de mil pessoas”

Maestro Juca Jacintho

Maestro Juca Jacintho
José Jacintho Dias de Sant'Anna, nascido em Viçosa a 26 de julho de 1858 e falecido em Divino de Carangola a 11 de outubro de 1931, pistonista, pianista, violinista, compositor de marchas, dobrados, valsas, fantasias e sobretudo peças sacras, após integrar a primeira banda de música local, a "Lyra Viçosense", fundada no final da década de 1880, criou na segunda década do século XX e regeu por muitos anos a Lira Santa Rita, o mais longevo conjunto da cidade, legando rico acervo musical

Professora Argina Silvino Ferreira

Professora Argina Silvino Ferreira
“Viçosa teve uma professora singular, de fato, prima inter pares: Da. Argina Silvino Ferreira. A ela ficou a cidade devedora de eterno agradecimento. Muitos são aqueles que hoje beneficiam esta terra ou a honram em outras plagas, nos mais variados setores, e que hauriram, nas magistrais aulas daquela educadora competente e dedicada, o afeto à Religião, à Pátria e à Cultura. Inúmeros os cidadãos prestantes que formou. Nas mais diversificadas profissões, eles conservam o traço primacial vincado por ela. O cumprimento das obrigações, o acatamento da lei de Deus e um acentuado patriotismo eram inoculados”, de acordo com o Prof. Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho. “Pelos idos de 1940, Viçosa já conhecia toda a técnica propagada pela moderna pedagogia, nas salas de aulas de Da. Argina (...) Dotada de fina psicologia, quase que por intuição, penetrava as sinuosidades recônditas da mente infantil (...) 'A todos impressionava Da. Argina pela linguagem escorreita, castiça, pelo vocabulário rico, pela caligrafia bela, caprichada. Seus alunos esforçavam-se por imitá-la no falar e no escrever." Professora da Escola Rural Mista de São José do Triunfo e da Escola Masculina da Estação do Turvo, criou a escola primária que preparava alunos para admissão ao Gymnasio e à Escola Normal de Viçosa e foi orientadora educacional da Escola Agrícola Arthur Bernardes

Dr. José Felicíssimo de Paula Xavier

Dr. José Felicíssimo de Paula Xavier
Integrando o Distrito 4580 de Rotary International e tendo como clube padrinho o sediado na cidade de Ubá, e com grande incentivo do rotariano ubaense José Campomizzi Filho, a 21 de junho de 1957, aconteceu a primeira assembléia para a fundação do Rotary Club de Viçosa, cidade então com menos de 10.000 habitantes. Tendo recebido o número 8.365, a sua Carta Constitutiva veio a 1º de agosto daquele mesmo ano. Os sócios fundadores foram 25 ilustres cidadãos, tendo como primeiro presidente o médico ouropretano Dr. José Felicíssimo de Paula Xavier (1897-1967). Desde então o Rotary teve marcada participação na vida social, cultural, econômica e comunitária viçosense

Intendente João Faria Reis

Intendente João Faria Reis
Filho de uma das famílias pioneiras do município, o fazendeiro João Lopes de Faria Reis foi deposto do governo municipal, à frente do qual estivera entre os anos de 1882 e 1886. Registros documentais ou mesmo orais relacionados às circunstâncias que propiciaram a sua deposição inexistem, assim como resoluções de sua autoria nos arquivos da Câmara Municipal. Não há também notícias de que dividira o Poder Municipal com outros conselheiros, ao contrário dos períodos administrativos anteriores e subseqüentes. Conservador, teria centralizado em si todas as atribuições deliberativas e executivas. Em 1883, Viçosa de Santa Rita tinha alistados cem eleitores e durante seu período administrativo o mandato passara a trienal, desde o dia 7/1/1882

Centro Tecnológico, antiga Escola Agrícola

Centro Tecnológico, antiga Escola Agrícola
Este educandário cuja sede já não é mais como a da foto acima, sofreu diversas transformações também em sua filosofia pedagógica ao longo de sua existência, até que fosse o Núcleo de Desenvolvimento Social e Educacional vinculado ao Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa, este, instituído em 2001, para implantação do Parque Tecnológico, inaugurado a 15 de abril de 2011. Seu patrimônio pertenceu à extinta Escola Agrícola Arthur Bernardes. Em 1918, dentro de ações previstas na política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, Viçosa instituiu a sua organização governamental para seu acolhimento. Diferentemente da época atual, em que faltam instituições que trabalhem programas sócio-educativos nas cidades limítrofes a Viçosa, naquele ano, por força do Decreto-Lei nº 12.983, de 28/2, na antiga Fazenda da Vargem, em Novo Silvestre, esta grandiosa edificação foi o espaço onde se ministrou ensino técnico-agrícola em nível de 1º grau, cursos supletivos, formação ética, física e intelectual a crianças e adolescentes, como internato, semi-internato e externato. Sua pedra fundamental foi lançada a 1º de junho de 1926, sendo inaugurado a 7 de novembro de 1927

Madre Maria Verônica de Santa Face

Madre Maria Verônica de Santa Face
Em 1914, criada com o intuito de proporcionar à juventude feminina de Viçosa uma boa formação intelectual e moral, a Escola Normal, depois Colégio Carmo (este último nome desde 2005, quando foi extinto o Curso Normal), teve a sua direção ofertada às Carmelitas da Divina Providência, de Cataguases (MG). Madre Maria Verônica de Santa Face foi a primeira freira a dirigi-la, em 1917

Velho presídio, atual APAC

Velho presídio, atual APAC
Hoje sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), declarada de utilidade pública estadual, eis retrato da fachada de um velho e mal acabado presídio, de triste memória, e que funcionou, precariamente, por décadas, na rua Dr. Brito, centro da cidade, até interdição judicial. Em editorial, "O Alfinête" ( nº 5), edição de 25 de fevereiro de 1962, sob o título "Cadeia de Viçosa, uma lástima", dizia-se, entre outras coisas, o seguinte: "Em uma localização que deixa muito a desejar, erguem-se, em Viçosa, as ruínas de uma cadeia inacabada, fruto característico da imprudência manifesta dos poderes públicos. Sob o pretexto de aplicabilidade de verbas, há tempos, a cadeia foi mudada de seu antigo lugar, futuramente grupo escolar, para obras que, ainda, estavam se iniciando. Tempos depois dêste ato, alguém, em discurso, disse que a ocorrência era digna de registro, pois, a troca de casa de correção, a cadeia, por uma de educação, o grupo, era sinal de que as coisas estavam melhorando. Sempre houve criminosos e parece que sempre os haverá, pois, concomitantemente, com o progresso, crescem as ambições; portanto, há necessidade de lugares, onde possa haver a expiação das faltas de certos indivíduos, para o bem-estar da sociedade. Para que seja efetuada uma troca, é mister que haja proporcionalidade nas coisas a trocar"

Capitão Joventino Alencar

Capitão Joventino Alencar
Construtor, barbeiro, juiz de paz, marceneiro, empresário, vereador, tesoureiro do município, presidente em exercício da Câmara Municipal em 1911, proprietário de uma loja de secos e molhados, de tecidos e peças de automóvel e de uma torrefação de café na Praça do Rosário, o capitão Joventino Octavio de Alencar (1872-1954), cuja imagem se vê acima, foi escolhido o primeiro presidente da Associação Comercial de Viçosa, em 1924. Há registros de funcionamento da entidade nas décadas de 1930, 1940 e 1950, tendo suspendido as atividades desde 1957 até ser consolidada a 17 de dezembro de 1968, em assembléia presidida pelo Juiz de Direito, Dr. José Felismino de Oliveira, quando assumiu a presidência o empresário José Bernardes Santana. Produzindo destacadas campanhas promocionais que fortaleceram o comércio local, promovendo cursos gerenciais de apoio a pequenos negócios, por meio de capacitação em gestão, bem sucedidos encontros empresariais para troca de experiências, instituindo láureas, desenvolvendo competências ao proporcionar atualizados conhecimentos a empreendedores, a ACV, em 2010, já congregava o expressivo número de 580 empresas, contando, desde 2009, com uma Agência do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil, fruto da união com a Câmara de Dirigentes Lojistas, reunindo hoje, num único espaço, o Ponto de Atendimento do SEBRAE, a Agência de Desenvolvimento de Viçosa (ADEVI), o Arranjo Produtivo Local de Biotecnologia para o Agronegócio e o Meio Ambiente (APL Biotec), o Arranjo Produtivo Local da Tecnologia da Informação (APL TI) e o Circuito Turístico Serras de Minas

Inaugurando a ESAV

Inaugurando a ESAV
Chegada do comboio presidencial, a 28 de agosto de 1926, para a inauguração da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV). À instituição que se transformou na Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (UREMG), atual Universidade Federal de Viçosa (UFV), os trens especiais conduzindo as comitivas presidenciais, formadas pelo deputado Celso Machado, comandante Dodsworth Martins, ministro Camilo Soares, Dr. José de Almeida Campos, jornalistas da Gazeta de Notícias, Jornal do Comércio, A Manhã, Agência Americana, O Brasil e Vida Doméstica, presidente do Estado e da República, ministro da Viação, secretário da Agricultura, chegaram pela manhã. E ao som do Hino Nacional executado pela Banda da Escola e fanfarra da Cavalaria da Brigada Policial do Rio, desembarcaram a primeira dama Dona Clélia Bernardes e as filhas Rita e Conceição, os deputados Francisco Valadares, Fidelis Reis e Oscar Loureiro, Dr. Noraldino Lima, general Antenor de Santa Cruz, chefe da Casa Militar da presidência da República; Dr. Washington Vaz de Mello, Cel. Vieira Christo. José Vaz de Mello, Dr. José de Mello Machado, José Machado Filho, José Domingues Machado e Dr. Góis, da Casa Civil da Presidência da República. Após a missa campal, celebrada pelo Pe. Álvaro Corrêa Borges, Vigário de Viçosa, procedeu-se à bênção do Edifício Principal, seguindo-se o ato oficial da inauguração da ESAV

Liga Operária

Liga Operária
Às 13 horas do dia 7 de setembro de 1923 iniciava-se a solenidade do lançamento do edifício-sede da Liga Operária Viçosense, na antiga Rua Municipal (ou das Vassouras), atual rua Virgílio Val. Na foto, em primeiro plano, o Vigário Padre Frei Seraphim Pecci, italiano da província de Salerno, abençoando o início da construção

Jornais

Jornais
Reprodução de edição do primeiro jornal da cidade, fundado a 15/11/1982, e que teve como um de seus primeiros diretores aquele que seria o 12º presidente da República

Um estadista a serviço do município

Um estadista a serviço do município
Antes de atingir a suprema magistratura da nação, Arthur Bernardes sofrera no período eleitoral intensa campanha caluniosa e difamatória. Entraram então em cena os forjadores de cinco famigeradas cartas, depois desmentidas em acurado exame grafotécnico, que atribuíam a Bernardes, em plena disputa presidencial, declarações insultuosas, “de próprio punho”, a oficiais do Exército, que provocaram violentas reações contrárias à sua eleição. De acordo com o Jornal do Brasil, “sua campanha presidencial foi processada num clima de irreprimível agitação" por conta deste episódio, e "que prosseguiu durante todo o período do seu governo [...] Sua firmeza de chefe de Estado, servido por invulgar inflexibilidade de caráter e notável coragem cívica, fê-lo resistir a todas as conjunturas políticas do momento e dominar as crises militares". Paulo Amora assim o retrata: “Alto, esguio, de nariz aquilino, testa larga. Olhos castanhos, pequenos e irrequietos lhe boiavam no rosto comprido. Fixavam-se no interlocutor, ora em lances rápidos, ora com reflexos de doçura, como a lhe espelharem as reações da alma. Na mocidade, bigodes à Guilherme Hohenzollern. Apenas sorria, não ria. Vestia-se com esmero e certo requinte de elegância. Porte ereto, atitude impecável em qualquer circunstância. Apesar da austeridade do seu físico, era ele afável e ameno, acessível e cortês. A sua prosa era agradável, porém, severa, a dicção perfeita, escandindo bem as palavras, a voz cheia. Educado e cavalheiro, deixava sempre à vontade os que o procuravam, pois herdara a arte rara de saber ouvir”

Folia carnavalesca

Folia carnavalesca
BLOCO DOS ARARAS - Carnaval de 1920 - De acordo com registros históricos, predominavam o azul e o branco nas fantasias

Arte cinematográfica

Arte cinematográfica
Marcou época em Viçosa o Cine Brasil, da década de 1950 à de 1980, localizado no edifício de estilo proto-modernista que se estende de uma das esquinas do início da avenida P. H. Rolfs com a Praça do Rosário (onde tem o número 92) à uma outra esquina, a da rua Padre Serafim (onde recebeu o imóvel o número 3). Inaugurada no governo do prefeito João Francisco da Silva, no final da década de 1950, nos anos 90 do século XX o prefeito Geraldo Eustáquio Reis decretou a utilidade pública da edificação para fins de natureza cultural. Após sofrer intervenções diversas em seu desenho original, a antiga casa de cultura, cujo auditório contava com 660 cadeiras (de acordo com as leis nº 156, de 12/05/1952; nº 185, de 10/07/1953; e nº 238, de 20/12/1954, publicadas no governo do prefeito José da Costa Vaz de Melo), foi transformada em loja comercial

Maria Fumaça na Praça da Estação

Maria Fumaça na Praça da Estação
O tráfego regular até a estação central da Estrada-de-Ferro The Leopoldina Railway, inaugurada a 29 de março de 1914, iniciou-se a 31 de agosto do mesmo ano. A antiga estação distava seis quilômetros do atual centro do município, ali construída por conta de divergências entre fazendeiros, ainda no regime imperial, na zona rural próxima da atual Violeira, aqui chegando a 21 de dezembro de 1885

Usina do Pau-de-Paina

Usina do Pau-de-Paina
Da sonhada Usina Santa Rita, de açúcar, restaram ruínas, no bairro Nova Era (antigo Pau-de-Paina). A estrutura foi edificada na década de 1940, em tempos de Guerra, pela firma de Jacob Lopes de Castro. Não prosperou. Na vizinha Ponte Nova se instalaram, no século XX, a Usina Jatiboca (1920), as usinas do Pontal e São José (ambas em 1935) e a Santa Helena (1940). A assembléia de fundação da Sociedade da Usina Santa Rita, de Viçosa, ocorreu a 31 de janeiro de 1943, no Viçosa Clube, então sobre o Cine Theatro Odeon, na praça Silviano Brandão, e dela participaram: Dr. Felício Brandi (advogado), Almiro Torres (tabelião), Lucas Cardoso (fazendeiro), Egídio Silva Pontes (fazendeiro), João Francisco da Silva (comerciante), Zico Soares (comerciante), Dr. Octávio da Silva Araújo (médico), Arnaldo Silva Araújo (advogado), Clóvis Clodoveu de Castro (comerciante), Sebastião de Jesus (comerciante), José Borges Pinheiro (comerciante), José Osório Janotti (bancário), Francisco Fortes (dentista), Amintas Alvim (fazendeiro), João Braz Gomide (advogado), Totone Josefino (fazendeiro), Bibi Ladeira (fazendeiro), Fuad Chequer (comerciante), Zeca Araújo (fazendeiro), Francisco Lopes de Castro (fazendeiro), Charid Salomão Obeid (comerciante), Romualdo Valente (gerente de banco), Chico Muniz (comerciante), Salomão (comerciante), João José Araújo (comerciante), Chicre Said Daguer (comerciante), Abrão João (comerciante), João Cupertino de Souza (comerciante), Joaquim Fidêncio (corretor), Cornélio Borges (tabelião), Padre Álvaro Corrêa Borges (pároco local), Francisco Machado (tabelião), Probo Coelho Policarpo (hoteleiro), Almiro da Silva Pontes (fazendeiro), Dr. Sebastião Ferreira da Silva (médico), Alino Borges (fazendeiro), Dr. Juarez de Souza Carmo (advogado e deputado estadual), Zinho Machado (engenheiro), João Maffia (comerciante de café), Dr. Raymundo Alves Torres (médico) e Francisco Alves Silva (comerciante). Ela chegou a ser inaugurada. Foi abatedouro e garagem de veículos municipais. Foto de autoria deste blogger

Na Guerra do Paraguai

Na Guerra do Paraguai
O 1º tabelião e mestre-escola, capitão Francisco de Paula Galvão (1830-1904), natural de Sabará, foi considerado herói da Guerra da Tríplice Aliança. Partiu de Santa Rita do Turvo rumo aos sertões de Mato-Grosso, chefiando o 17º Batalhão de Voluntários da Pátria. Casado com Dona Rita Cândida, com quem teve quatro filhos, seu pai era o coronel Antônio Nunes Galvão, revolucionário de 1842, e sua mãe Tereza Martins. Provável descendente de um dos três irmãos portugueses que vieram para o Brasil - São Paulo (Guaratinguetá), Ceará e Minas, seria ele, portanto, parente de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão (Frei Galvão). Seus descendentes estão hoje representados em famílias como Almeida, Nery e Ramos

Hospitais

Hospitais
Viçosa, na década de 1930, tinha dois hospitais. No alto e no fundo, vê-se o Hospital Regional Federal da Matta, na atual rua Presidente Afonso Pena (antigo Muzungu), depois "Grupo do Coqueiro". Em primeiro plano o Hospital de São Sebastião. À esquerda, os velhos carros-de-boi, na atual rua Tenente Kümmel (ainda na região do Muzungu). No canto superior esquerdo da fotografia o Morro do Café, na região dos atuais bairros São Sebastião e União. À direita, embaixo, a residência das Freiras Carmelitas da Divina Providência, que trabalhavam neste hospital, e acima, à direita e bem ao fundo o terreno onde se encontra o bairro Júlia Mollá

Igreja do Rosário

Igreja do Rosário
Igrejinha de Nossa Senhora do Rosário, no centro, foi demolida em 1963. A edificação à direita, residência da família Del Giudice, também não mais existe, demolida que foi em 2008

Década de 1920: primeiros automóveis

Década de 1920: primeiros automóveis
A imagem acima é da vivenda de número 340 da avenida Bueno Brandão, no centro de Viçosa, antiga morada do Dr. Antônio Gomes Barbosa e depois da família Ramos. Não pudemos confirmar documentalmente a quem pertencera o primeiro carro na cidade. Se o libanês Nacif Nazar ou Luiz Lopes Gomes (Lulinha). A foto é certamente da década de 1920, reproduzida por este blogger e extraída do jornal O PROGRESSO DO BRASIL

Viçosa vista do alto

Viçosa vista do alto
Ainda com a velha Igreja Matriz e a Igreja do Rosário, desta bucólica paisagem vista do alto resta muito pouco, inclusive do outrora portentoso córrego São Bartolomeu, hoje quase um imperceptivel curso d'água oculto no mato

Educando a mocidade

Educando a mocidade
Foi vitorioso o caminho percorrido pelo sistema educacional de Viçosa e dos municípios que hoje constituem a microrregião, seus antigos distritos. A foto, não datada, é, provavelmente, de cerimônia de formatura no antigo distrito de Santo Antônio dos Teixeiras, presentes, no alto da caixa d'água, alunos, mestres e mestras de um tempo lindo que ficou para trás

Força e Luz

Força e Luz
A antiga Usina do Bananal, da Companhia Viçosense de Força e Luz. Na imagem supra, na edificação pode ser lida a inscrição CVFL e a data, possivelmente, de sua inauguração

Cemitério

Cemitério
Cemitério Dom Viçoso, pela lente do Dr. Peter Henry Rolfs. O Santo Cruzeiro é denominado na região de Viçosa, o "Cruzeiro dos Martírios", porque as peças que o ornamentam (um galo, uma placa com as iniciais J. N. R. J., uma coroa de espinhos, um cálice, um chicote de arame, uma escada, uma torquês, uma toalha, um martelo, uma bucha de fel, uma lança, um chicote de três bolas, uma túnica, dados, uma jarra com a bacia e uma caveira) representam o martírio de Cristo. Pessoas de fé costumavam levar garrafas d'água e pedras, depositadas ao pé de Cruzeiros como o da foto, em penitência, para alcançar graças

Padre Manoel Ignácio

Padre Manoel Ignácio
Reprodução do assento do óbito do Pe. Manoel Ignácio de Castro, um dos pioneiros do povoado de Santa Rita do Turvo, embrião da cidade de Viçosa. O original encontra-se no livro nº 1, página 14, no Santuário de Santa Rita. No presente trabalho há algumas informações sobre o Pe. Manoel Ignácio e o inteiro teor do documento aqui acima, datado de maio de mil oitocentos e dezenove

Revolucionários de 1930

Revolucionários de 1930
Reunião civico-militar de viçosenses homenageando revolucionários de 1930 em torno do coreto da praça Silviano Brandão. À esquerda o Pe. Álvaro Corrêa Borges e à direita identificamos, no mesmo nível do referido sacerdote, recém-chegado à cidade, ex-administrador público local, um senhor calvo, Dr. Antônio Gomes Barbosa. Também à direita são figuras conhecidas o Dr. João Braz da Costa Val, advogado e ex-administrador municipal, e da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (Esav) o diretor Dr. João Carlos Bello Lisboa

Jardim da praça principal na década de 1940

Jardim da praça principal na década de 1940
Considerado "mimoso, bonito, estético e relativo à vida local' pela imprensa de então, o jardim da praça Silviano Brandão, principal logradouro central da cidade de Viçosa, teve inauguradas suas primeiras grandes reformulações no dia 8 de agosto de 1948. Vemos aqui o povo viçosense, no tradicional "footing"

Primeiros governantes após o Estado Novo

Primeiros governantes após o Estado Novo
Da esquerda, no saguão do Legislativo, vemos aqui os vereadores Prof. Alberto Álvaro Pacheco, Dr. Francisco de Souza Fortes, Almiro da Silva Pontes, Antônio Pereira Soares, Dr. Mário Dutra dos Santos, o prefeito Dr. José Lopes de Carvalho, o presidente da Câmara, Dr. Octávio da Silva Araújo e os vereadores João Francisco da Silva, Arnaldo Dias de Andrade, João Maffia, Sebastião da Silva Araújo, Antônio Lopes de Faria e Geraldo Santana Gomide. Apenas dois edis foram eleitos, a 23 de novembro de 1947, pela União Democrática Nacional (UDN). O Partido Republicano (PR) obteve a maior parte dos sufrágios, fazendo o prefeito e o vice-prefeito (Dr. Carlos Vaz de Mello Megale) e a maioria da vereança, um total de 15 edis. O candidato, derrotado, a prefeito, foi o Dr. José Miguel Pacheco. O Poder Legislativo Municipal funcionava então na praça Silviano Brandão, bem como a Prefeitura, no prédio do antigo Grupo Escolar Cel. Antônio da Silva Bernardes, que sediara também a Escola Estadual Dr. Raymundo Alves Torres. Foi esta Câmara que iniciou a regulamentação das leis municipais

Inundação de 1948

Inundação de 1948
A foto mostra a Rua dos Passos e a sua ponte sobre o ribeirão São Bartolomeu, no Carnaval de 1948, após a inundação, no dia 18 de fevereiro. Ao centro da imagem, a estrutura do antigo açougue municipal (abatedouro), no exato lugar onde se encontra hoje a esquina do início da rua Dona Gertrudes, outrora rua Coronel Torres, próximo da região conhecida como Muzungu (zona boêmia), no centro da cidade. Naquela ocasião o saldo foi de duas mortes em decorrência do temporal

Inauguração de ponte na Rua dos Passos

Inauguração de ponte na Rua dos Passos
Desenlace da fita inaugural da nova ponte da Rua dos Passos, com a presença do ex-presidente da República, Dr. Arthur da Silva Bernardes (ao centro e de terno mais escuro), em data para nós incerta, mas precisamente na primeira metade da década de 1950. Bernardes esteve em Viçosa em julho de 1953, celebrando suas Bodas de Ouro Matrimoniais com Dona Clélia Vaz de Mello Bernardes, mas também em dezembro de 1952, como paraninfo dos agronomandos da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais (Uremg) e pode ser que tenha sido numa dessas ocasiões esta solenidade. A ponte antiga fora levada pelas águas, na grande inundação ocorrida em Viçosa no Carnaval de 1948, ainda no governo do prefeito Dr. José Lopes de Carvalho. À direita de Dr. Arthur Bernardes, desenlaçando a fita, o então prefeito José da Costa Vaz de Melo (Parrique), e no entorno alguns profissionais liberais, políticos, homens, mulheres e crianças. Note-se à direita da imagem, bem atrás de um menino de calça curta, o Vigário, Cônego Modesto Paiva, que por aqueles dias se empenhava na construção da também nova Igreja Matriz de Santa Rita

Antonelli: 1º prefeito após a Constituição de 34

Antonelli: 1º prefeito após a Constituição de 34
Pela Lei nº 4.897, de 2/2/1931, o interventor mineiro Olegário Dias Maciel decretou a dissolução das Câmaras Municipais e instituiu os Conselhos Consultivos, formado por 5 membros, entre os quais os dois maiores contribuintes de impostos em seus municípios e 3 cidadãos de livre escolha do chefe do governo municipal. O primeiro a assinar resoluções como "Prefeito" foi o Dr. João Braz da Costa Val. Mas só em 1934, é que o cidadão aqui retratado, o fazendeiro e ex-aluno da Escola Militar do Realengo (RJ), Antonelli de Carvalho Bhering foi o primeiro viçosense a exercer a chefia da administração municipal sob o título de Prefeito após a promulgação de nova Constituição, naquele ano. Eleições diretas aconteceram somente a partir de 1947, quando foi eleito para o cargo o advogado José Lopes de Carvalho

Edifício da Câmara, Cadeia e Fórum

Edifício da Câmara, Cadeia e Fórum
No antigo "Largo da Matriz", a praça Silviano Brandão (esquina com a atual travessa Dr. João Carlos Bello Lisboa e calçadão da rua Arthur Bernardes), o edifício da Câmara Municipal já não é mais assim, descaracterizado que foi das linhas arquitetônicas originais no início da década de 1960, quando se encontrava praticamente em ruínas. Edificado por volta de 1912, nele também funcionaram coletoria, cartórios e o Fórum da Comarca, na segunda metade do século XX, até que em 2007 recebera outra reformulação para abrigar, desde 2008, a Câmara Municipal, quando o prédio foi doado ao município. Podendo abrigar sete Varas e Juizado Especial, com amplo Salão do Júri com capacidade para 120 lugares, sob a direção da juíza Rosângela Fátima de Freitas, quando presidia o Tribunal de Justiça de Minas o Dr. Hugo Bengtsson, a 16 de dezembro de 2005 inaugurou-se o novo prédio do Fórum na rua José dos Santos, em instalações modernas e perfeitamente adequadas à prestação jurisdicional, em solenidade que contou com as presenças, dentre outras autoridades, dos desembargadores Manuel Bravo Saramago e Júlio Henrique Prado Bueno, ambos ex-juízes de Direito da Comarca de Viçosa na década de 1980, além dos desembargadores Sérgio Léllis Santiago e Alberto Aluízio Pacheco de Andrade, filho de Viçosa. A construção do prédio retratado acima se deu quando Dr. Arthur Bernardes era secretário de Finanças de Minas (governo de Júlio Bueno Brandão) e o administrador público de Viçosa o paracatuense Dr. Emílio Jardim de Resende. Na porta central do antigo "Palácio da Justiça" observa-se uma sentinela. E na casa, do lado esquerdo, na esquina do atual calçadão, nota-se um dos lampiões belgas que, bruxuleantes, tremeluziam em lugares estratégicos nas noites de antanho da pequenina Viçosa

A mini-metrópole nos alvores do século XXI

A mini-metrópole nos alvores do século XXI
Vista parcial da região central de Viçosa em 2006. ACERVO DO JORNAL FOLHA DA MATA. Abaixo do Cristo, em segundo plano, a sede própria do antigo Colégio de Viçosa

Escola de Viçosa

Escola de Viçosa
O edifício-sede da antiga Escola Superior de Agricultura e Veterinária, inaugurado em agosto de 1926, célula-mater da atual Universidade Federal de Viçosa. Anônimo visitante encontrou, um dia, agasalho espiritual no encantador conjunto arquitetônico do campus, que se confunde com uma natureza exuberante. Passeando pelas pitorescas veredas da Universidade Rural, respirou ar oxigenado, retemperou-se num ambiente alegre e poético. Contemplou e sentiu a grandeza desta obra bem idealizada e talhada para grandiosa destinação. O sobranceiro e majestoso casarão amarelo, o velho prédio principal lhe infundiu admiração às linhas artísticas. Junto dele, deparou-se, em órbita harmoniosa, com prédios modernos que se erguiam, mas o estilo esplendoroso do prédio aqui retratado se sobrepunha aos outros prédios, pelo aspecto sóbrio e majestático. Pórticos e escadarias, como lembrou o referido anônimo, têm papel importante na vida universitária, porque é onde há contato direto, cordial, entre mestres e pupilos, lugar de discípulos se conhecerem e melhor se identificarem, pondo-se a par das ocorrências da "Escola de Viçosa"

Cavalhada

Cavalhada
Com diversificadas coreografias, a Cavalhada, corrida circular e dança representativa de lutadores cristãos que combatiam e depois se congraçavam com os mouros, com suas fardas e bonés azuis, calças brancas, foi apresentada, mais recentemente, no distrito de São José do Triunfo, constituindo-se numa das mais festejadas e tradicionais manifestações folclóricas viçosenses, personificando personagens como reis, princesas, envolvendo cavalos e máscaras enfeitados com fitas multicores. Na imagem acima, pessoas das famílias Simonini, Lopes, Santos, Castro e outras, como Maria Apparecida Sant’Anna, filha do maestro Randolpho Sant’Anna, a primeira à esquerda, com uma bolsa preta. A terceira mulher, magra, à esquerda, é Francisca Simonini da Silva (Chiquita). Nenzinha, também filha do maestro Randolpho, está antes de Pepita Lopes dos Santos, esta, a primeira à direita. Ao lado dela, a criança Stela Lopes de Castro. Fotografia de agosto de 1925, de autoria de Nicolau Caríssimo, conforme registrado no canto inferior esquerdo da imagem

Seresteiros

Seresteiros
O legendário Conjunto de Serestas de Zé Bóia (antigo Sexteto Melodia), quando de uma das visitas do ex-presidente do Brasil, Dr. Juscelino Kubitscheck de Oliveira, a Viçosa, em 1975, e que cantou com este consagrado grupo musical. Da esquerda: maestro Portugal, o croonner Ed Carvalho, o pequeno-grande maestro e violinista Adson Rodrigues Bicalho, JK, José do Espírito Santo Sant'Anna (Zé Bóia), João Bosco Sant'Anna, Álvaro César Sant'Anna e João Bosco Fialho (João Bobaginha)

De Cadeia regional a Educandário municipal

De Cadeia regional a Educandário municipal
O austero edifício de nº 337 da avenida Santa Rita abrigou a Cadeia Regional, quando o presídio deixou a praça Silviano Brandão (no imóvel número 5, e anteriormente no de número 136, que já não existe). Pertencente ao município desde 1933, veio a ser este prédio aqui a sede da Escola Ministro Edmundo Lins, inaugurada a 10/3/1962, sob as bênçãos de Dom Daniel Tavares Baêta Neves, no governo do prefeito Raymundo Alves Torres. Nele funcionou também o Ginásio Raul de Leoni, fundado pelo Pe. Antônio Mendes, na década de 1960. A reformulação foi executada pela firma do viçosense Jacob Lopes de Castro, por força de um convênio entre o Município e o Governo do Estado, por intermédio do deputado Dr. Juarez de Souza Carmo, na Campanha de Reforma e Recuperação de Prédios Escolares (CARRPE). Criado por decreto de 11 de abril de 1945, foi o Edmundo Lins segundo educandário de 1º grau da cidade (Ensino Fundamental), instalado a 17 de fevereiro de 1945, sendo prefeito João Francisco da Silva. O convênio que possibilitou seu funcionamento foi assinado entre o Governo de Minas Gerais e o prefeito José Lopes de Carvalho a 13 de junho de 1950. Inicialmente da Rede Estadual de Ensino, passou à Rede Municipal na administração do prefeito Fernando Sant'Ana e Castro. A Cadeia Pública transferiu-se daqui, portanto, na década de 1960, funcionando desde então na rua Dr. Brito. De lá foi novamente transferida, em 2006, para o bairro Bom Jesus, ficando o presídio da Dr. Brito a sediar a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), um sistema prisional alternativo

Arduíno Fontes Malaquias Bolivar

Arduíno Fontes Malaquias Bolivar
Ele foi um dos poetas e humanistas mais influentes de toda a vida intelectual e política de Minas Gerais entre as décadas de 1920 e 1950. Nascido na velha Santa Rita do Turvo, depois Viçosa, a 21 de setembro de 1873, cursou Humanidades no Colégio do Caraça, onde foi despertado o seu pendor para o estudo das letras latinas, pupilo, por um ano, da conceituada Escola de Farmácia de Ouro Preto, onde também lecionou no Colégio Mineiro. Bacharel, em 1902, em Ciências Jurídicas e Sociais pela consagrada Faculdade do Largo de São Francisco, em São Paulo, promotor de Justiça, diretor do Arquivo Público Mineiro, Arduíno foi um dos fundadores da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria, atual PUC/MG, onde ministrou aulas de Literatura Latina. Tradutor das odes de Horácio e das ecóglas de Virgílio, latinista, sobre ele se expressou seu ex-aluno no Colégio Arnaldo, Carlos Drummond de Andrade: "Arduíno Bolivar, o teu latim/ Não foi, não foi perdido para mim./ Muito aprendi contigo;/ A vida é um verso/ Sem sentido talvez, mas com que música!"

Primitivo jardim municipal

Primitivo jardim municipal
A praça de Silviano Brandão (antigo Largo da Matriz) captada pelo eterno olhar de Nicolau Carissimo, com seu antigo jardim zelado por Cirilo e coreto de ferro batido e de base octogonal, construído por Domingos Rigotto mas dali retirado em 1948, durante a primeira grande cambiança ali feita. Outras drásticas transformações vieram nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980, tornando irreconhecível a imagem acima. Dotado inicialmente de piso de cascalho branco, bancos de madeira, dois piscosos tanques, belas árvores ornamentais e bem cuidados canteiros de flores, o Jardim Público foi inaugurado festivamente em fevereiro de 1915

Imagem da Padroeira

Imagem da Padroeira
Trazida para Viçosa provavelmente nos idos de 1870, adquirida na Corte Imperial por membro da família Sant'Anna, a célebre imagem de Santa Rita de Cássia, a Padroeira da cidade e do município, deixa o altar-mor do Santuário, anualmente, a cada 22 de maio, para sair em procissão pelas ruas centrais, constituindo-se no mais concorrido evento religioso de Viçosa

Autoridades no "Centenário"

Autoridades no "Centenário"
Convencionou-se comemorar, desde 1961, a Semana da Municipalidade em setembro, mês em que se editou a lei que elevou a velha Santa Rita do Turvo à categoria de Vila. Em 1971, comemorou-se com grande brilho o centenário desta legislação, celebração muito contestada, já que anteriormente o aniversário de emancipação de Viçosa era feriado a 22 de janeiro. Na foto, autoridades da época. Ao fundo, da esquerda: o professor Sebastião Lopes de Carvalho, prefeito Carlos Raymundo Torres, Ludovico Martino, deputado Carlos Vaz de Mello Megale, Dr. Raymundo Alves Torres, o reitor da Universidade Federal de Viçosa, Dr. Edson Potsch Magalhães, vereadores Dr. Euter Paniago, Ruy Barbosa Assis Castro, Mauro Roberto Martinho e Geraldo Hélio dos Santos, durante as comemorações do "Centenário da Lei da Vila"

Carlos Vaz de Mello

Carlos Vaz de Mello
O grande chefe político de Viçosa no império e industrial Carlos Vaz de Mello, proprietário das fábricas de tecidos de São Silvestre e de Santa Maria. Graças ao prestígio político deste ex-presidente do Congresso Nacional, Viçosa pôde contar com a presença da estrada férrea, dentre outras vultosas benfeitorias

Acesso rodoviário

Acesso rodoviário
A grande mole humana e a imensa fila de veículos deixando a avenida Professor P. H. Rolfs (antiga Av. Governador Benedito Valadares) no dia da inauguração da pavimentação asfáltica de 47,7 quilômetros, da BR-120 (rodovia Viçosa/Ponte Nova).A mesma estrada, de terra, fora inaugurada em 1933. O palanque de autoridades, naquele 29/5/1973, entre as quais o ministro dos Transportes, Mário Andreazza, o governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, o senador Arthur Bernardes Filho e o prefeito Antônio Chequer, foi montado onde se vê, na parte superior da foto, o exato local onde se construiu o segundo terminal rodoviário, inaugurado a 17/11/1979, pelo prefeito César Sant'Anna Filho, substituindo o da antiga Praça da Bandeira (atual praça Dr. Mário Del Giudice), por imperativo da Lei Municipal n° 148/75 (governo Antônio Chequer).

Rodoviária velha

Rodoviária velha
A rodoviária velha ficava no centro da antiga Praça da Bandeira, hoje Praça Dr. Mário Del Giudice (centro da foto). Iniciada no governo do prefeito José da Costa Vaz de Melo (Parrique), foi inaugurada no governo do prefeito João Francisco da Silva. Na administração do prefeito Moacyr Dias de Andrade foi construído um segundo pavimento, para funcionamento do Clube dos Nativos. À direita da foto vê-se uma bomba de gasolina rente à calçada, na esquina da rua José da Cruz Reis com a avenida Bueno Brandão. A área livre para embarques e desembarques era minúscula, sendo apenas duas as bilheterias para a venda de passagens

Colégio de Viçosa

Colégio de Viçosa
Instante do lançamento da pedra fundamental da sede própria do Colégio de Viçosa, na avenida Antônio Gomes Barbosa. A cerimônia, no dia 22 de março de 1.946, contou com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, de operários e de muitos jovens, em meio à grande massa popular que acorreu ao local do ato solene. À direita, entre outros sacerdotes, Pe. Álvaro C. Borges. Devidamente paramentado, ele que fora um dos diretores do colégio e pároco de Viçosa, abençoou o início das obras do legendário educandário. Há três outros sacerdotes ali, de batinas pretas: na frente o diácono (depois padre e monsenhor) Geraldo da Costa Val (de corpo inteiro), Pe. Adalberto Sabino da Cruz (ex-vereador de Viçosa, antense) e Pe. José Lopes dos Santos (Padre Nhonhô). Atrás do diácono Geraldo da Costa Val, na extrema direita, o adolescente José Dionísio Ladeira. A rapaziada do cantinho esquerdo não foi possível identificar e muito menos algumas pessoas lá de trás, à exceção do alfaiate João Garcia (João Piloto), moreno e de bigode, ao lado do segundo homem de chapéu, bem atrás. Cá na frente, à esquerda, a moça de óculos escuros seria uma das filhas do Juiz de Direito, Dr. Cândido de Oliveira, de terno escuro, ao lado da esposa, também de vestido escuro, e da outra filha, menor, de braço dado com ele e de vestido claro, bem no centro da lente do esmerilado e, hoje para nós, anônimo fotógrafo. Logo atrás, a mulher mais baixa entre a moça de óculos escuros e a outra senhora, é Nilsa Martino com o esposo Antônio Martino, mais alto e atrás dela. Ainda no lado esquerdo, de óculos escuros, o professor Felício Brandi e bem ao lado dele o comerciante Jorge Ramos (o segundo, de óculos, depois do juiz). Bem atrás da cabeça do senhor Jorge Ramos e entre o oficial militar (quem seria ele?) vemos aqui o funcionário público municipal Custódio de Souza Parreiras (de bigode, óculos e gravata escura) e mais à esquerda o engenheiro-eletricista Mário das Neves Machado. De paletó escuro e sem gravata, com os braços abaixados, já no lado direito da foto (ladeado por um menino de paletó e calça curta e da menina Lúcia Maria Sant'Ana Costa, esta com a mãozinha no rosto) está José Sant'Anna, um dos diretores e principais pilares da vida do colégio, o professor Edson Potsch Magalhães (de óculos escuros, exatamente atrás da menina Lúcia), vislumbrando-se logo atrás dele o rosto do médico Dr. Octávio da Silva Araújo e acima da cabeça deste a de outro médico, Dr. José Felicíssimo de Paula Xavier. O senhor Eurico Salles Tibúrcio é o homem de pele escura e de cabelos brancos, lá no alto, atrás do senhor José Sant'Anna. O agachado, de chapéu na mão, é o senhor Milote, contador do colégio. Abaixo, em pé, com a mão na lata de massa, o mestre-de-obras, senhor Rafael Juliano (entre dois pedreiros?). No plano mais alto, de terno claro, bem no centro da foto, sorridente, o senhor Ludovico Martino. Atrás do senhor Chiquito Sant'Anna (este de óculos, meio calvo e encostado no Pe. Álvaro) e do Dr. José Miguel Pacheco (de chapéu escuro) vemos o rosto do fazendeiro Almiro da Silva Pontes, ex-vereador (de cabelos brancos e de pele clara). Na extrema direita e no alto, o homem atrás de todos, e que parece acenar com a mão esquerda (com um chapéu na mão?) é o cirurgião-dentista Joaquim Leandro Ferreira

Antigo mapa

Antigo mapa
Mapa com os antigos distritos viçosenses, inicialmente, São Sebastião do Herval, Coimbra, Santo Antônio dos Teixeiras, São Miguel do Anta, São Sebastião da Pedra do Anta, São Miguel do Araponga e São Vincente do Grama, à exceção deste último, hoje pertencente oa municipio de Jequeri, emancipados, com encargos de progressistas cidades. Com a promulgação das leis nº 556/1911 (governo Bueno Brandão) e nº 843/1923 (governo Raul Soares), versando sobre Divisão Administrativa Estadual, suprimiu-se grande parte de seu território de 2.102,69 quilômetros quadrados. A Viçosa de ontem (Santa Rita do Turvo), na ocasião de sua emancipação efetiva (30/4/1873), confrontava-se com Santa Luzia do Carangola, Piranga, Abre Campo, Ponte Nova, São Paulo do Muriaé e Visconde do Rio Branco. Atualmente, conforme avançado método de aferição, tem 300,15 quilômetros quadrados, limitando-se a Leste com Cajuri e São Miguel do Anta; a Oeste com Porto Firme; ao Norte com Teixeiras e Guaraciaba; e ao Sul com Paula Cândido e Coimbra. Hoje, além da sede, são três os seus distritos: o mais novo é São José do Triunfo (antigo povoado do Fundão), o de São Silvestre e o de Cachoeira de Santa Cruz (Cachoeirinha)

Sede da Luíza

Sede da Luíza
Partícipe da Revolução de 1930, apoiando a Aliança Liberal, ajudando a instalar o governo provisório, Arthur Bernardes, insatisfeito com a dissolução do PSN, ao qual então se filiara, e como se procrastinava o advento da Constituinte, a 8/8/1932 lançou, por escrito, um Manifesto à Nação, no qual lamentou o “espetáculo doloroso da guerra civil” em São Paulo, aderindo à Revolução Constitucionalista. O levante que Bernardes liderou foi uma tentativa armada, e malograda, de deposição do interventor mineiro. A exposição das idéias do estadista motivou alguns atentados contra a vida dele e a sua conseqüente prisão, a 23/9/1932, na Fazenda da Luíza, em Viçosa, propriedade do casal Cornélio de Paula Lanna e Cândida de Paula Miranda. Exilado em Portugal, foi anistiado a 28/5/1934, tendo sido recepcionado em Viçosa no dia 3 de novembro do mesmo ano. Jornais que circularam em setembro de 1934 registraram a presença de 80.000 pessoas em Belo Horizonte, que o “acclamaram, numa indescriptivel apotheose” que teria superado, “sob todos os aspectos, as singulares festas com que o povo mineiro recebeu, em epochas differentes, Santos Dumont, Ruy Barbosa e Alberto I da Bélgica"

Gare central

Gare central
Em primeiro plano vemos, aqui, a balaustrada, construída sob a supervisão do engenheiro viçosense Dr. Mário das Neves Machado, na primeira metade da década de 1920, no governo do Dr. Antônio Gomes Barbosa. No canto superior direito vislumbra-se o imóvel de número 47, que sediou a Prefeitura, e ao fundo a torre principal do Santuário. À esquerda, de janelas azuis, o velho sobrado que foi agência do Banco do Crédito Real de Minas Gerais; e o Edifício da Caixa Econômica Federal (ao fundo, no alto, à extrema direita) e em primeiro plano o Banco Itaú, antigo Bemge. Na extrema esquerda o Edifício Panorama, na antiga Rua do Comércio, 56, atual rua Benjamim Araújo, antiga Getúlio Vargas. Foto de autoria deste blogger

Vila do Pomba

Vila do Pomba
Viçosa, nos primórdios da organização de sua vida religiosa e civil, era parte integrante da vasta Freguesia do Mártir São Manoel dos Sertões do Rio da Pomba e dos Peixes dos Índios Coropós e Coroados, fundada pelo Padre Manoel de Jesus Maria. O desenho supra, da Vila do Pomba, data de 1851, sendo seu autor um alemão, o médico Hermann Burmeeister

Altar da antiga Igreja Matriz

Altar da antiga Igreja Matriz
Ao fundo, uma relíquia: um dos antigos altares laterais da antiga Igreja Matriz de Santa Rita, demolida em maio de 1954, conservado na Capela do antigo Patronato Agrícola de Viçosa